Quarta-feira, às 05h15min a.m., o despertador toca. Levanta-se, ou tenta. Cinco minutos, dez, nem que seja um. Qualquer coisa é melhor que nada. Depois de uma terrível batalha. Banheiro. Esvazia-se o joelho. Cata-se, cata e cata, acha a toalha, abre o chuveiro e uma leve despertada chega. Relaxa-se na água bem quentinha. Esquece-se do tempo, perde-se a hora. Corre para que as roupas coloquem você numa maquinal maestria... Executa quatro, cinco procedimentos de uma só vez, café, desodorante, cabelo e sai em disparada. Merda! Volta. As chaves... Celular... Precipita-se à rua. Ônibus, metrô, van, o transito é horrível. Atrasa tudo. Putz! Atrasado de novo. Se tivesse acordado mais cedo, se a refeição matinal fosse mais rápida, se o banho não fosse tão relaxante, se...
Depois do horário mais uma vez, mais um dia de trabalho. Clientes, colegas de trabalho, supervisores, chefes. Ah! Seis horas da tarde!!! Que delícia! Ônibus, metrô, van, o transito é horrível, precipita-se à rua, não esquecendo nada, sem nenhum por menor, chacoalha-se, até em casa. Se trabalhasse mais perto, se estudasse um pouco mais, se o transito não fosse ruim, se...
O tempo. O tempo é um tesouro que lhe é retirado dia após dia, horas, minutos e segundos. E não serão pertencentes a você, pois só os tem se estiver padronizado, se for fazer tudo que lhe é imposto pela limitada permissão que lhe é concedida pela falsa autonomia.
E assim vai. Todo dia negado ao acesso a informação da vontade própria. Você não pode fazer aquilo que você quer, permitamos que pensem assim para que ele possa ser senhor dos seus passos controlados por outrem, que assim seja como sempre foi.
Escrito por:
JÚNIOR LUIZ
Crédito das imagens:
SONHOS E SONS e O BLOG DA REH
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